segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Um conto para Gotham

Bruce saiu cedo para trabalhar na manhã gelada daquela segunda-feira, típica de Gotham. Memórias da noite anterior ainda ressoavam dentro da máscara suja e quente. Quem é o homem por trás da máscara? Nem ele sabe. Ninguém sabe. Ah, e antes que ele se esqueça: Foda –se o aguardado Leão da Maré e o baixinho que eu não consigo lembrar o nome. Não importa. Nada é verdadeiro. E nem tudo é permitido. Maldito capanga! Assim, ele só conseguia pensar no tom vermelho plástico do céu. Encontro maligno. As brincadeiras e ameaças de morte. O cheiro de fogo e trapaça. O olhar gástrico do vilão causando atrito no ar pressurizado. Esporádico sorriso que por pouco não riscou o vidro da janela do retrato 3x4. Pra maioria das pessoas é difícil sair da cama de manhã? Outras conseguem abrir os olhos e no outro dia nem lembram de ligar a televisão. Visão de raio-X é coisa dos quadrinhos. A vida real é diferente. Uma vez acordada, a massa esculpida em pedra e sabão sobrevive mais um dia sem eclipse. Cada um no seu quadrado sintonizando o crime da hora. Ficção barata poderia ser de graça. Pesquei um porco-espinho com asas...

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