segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

A culpa é do Johnny...ou Meu nome não é Fidel!

Dois filmes quadradinhos em cartaz nos cinemas

Em Meu Nome não é Johnny, Selton Mello prova mais uma vez porque é um dos melhores atores brasileiros da atualidade. Sozinho, ele vale a entrada. Infelizmente, não está sozinho. Cléo Pires até tenta, mas não consegue acompanha-lo. O elenco de apoio faz um trabalho burocrático (salvo alguns bons coadjuvantes). A direção, insegura, desequilibra o ritmo frenético da primeira metade do filme. A segunda parte anda devagar, preparando o terreno para o sentimentalismo do final. Mais do mesmo, ao quadrado.
Apesar da força do argumento adaptado, alguns detalhes ficam suspensos no ar (sem explicação convincente). A fotografia traz a pergunta: porque será que todas as produções Globo Filmes tem a mesma cara? O tratamento seria o mesmo? Pelo menos fugiu do estilo (já saturado) de saturação.
No final fica a impressão de um filme mediano. Principalmente comparado aquele outro. Mas sem comparações, por favor. Cada caso é um caso. E nesse caso (como no outro) a discussão é relevante. A qualidade cinematográfica, discutível.

A Culpa é do Fidel!, uma comédia com traços dramáticos, fala das dificuldades de adaptação de uma menina de 9 anos depois que os pais tornam-se comunistas no início dos anos 70. A produção, franco-italiana, coloca em xeque os valores tanto da burguesia quanto da esquerda francesa.
O elenco infantil impressiona. A atriz principal mostra o pulso de uma veterana. Bem como a diretora estreante, Julie Gavras, filha do cineasta Costa-Gavras. Este fato torna o filme ainda mais interessante. Parece até que ela está exorcizando seus próprios demônios da juventude. Seria o velho Gavras era um barbudo vermelho? Então, isso não importa...O importante: essa(s) menina(s) promete(m).

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